TEMAS ATUAIS

Temas indispensáveis à formação de uma sociedade crítica e democrática

Curiosidade x invasão de privacidade

Curiosidade ou invasao de privacidade

A curiosidade faz parte do perfil do aluno que as escolas buscam formar, pois os estudantes que assumem uma postura investigativa no processo de aprendizagem têm mais facilidade em compreender e transformar a realidade em que vivem. Um aluno curioso não realiza apenas perguntas, mas, também, busca ativamente respostas para os seus questionamentos.

De acordo com o estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos,  a curiosidade também ajuda os alunos a aprenderem informações que eles não consideram tão interessantes ou importantes. Os pesquisadores descobriram, ainda, que uma vez que a curiosidade for despertada por alguma pergunta, os indivíduos têm mais facilidade em aprender e lembrar informações completamente independentes.

Por isso, os professores têm o papel de estimular os estudantes a serem investigativos por meio de atividades desafiadoras em sala de aula, mantendo nos alunos um forte desejo de aprender sobre os mais variados assuntos.

Comprovada a efetividade da curiosidade no processo de ensino-aprendizagem, surge uma nova questão sobre esse comportamento que também envolve diretamente os educadores e a escola: o que fazer quando a curiosidade em excesso se torna invasão de privacidade?

Curiosidade não é o mesmo que “bisbilhotar”

Como bem apontou o escritor português Eça de Queiroz, em sua obra Notas Contemporâneas: “…a curiosidade, por um lado, pode levar a descobrir a América, mas, por outro, pode levar a escutar atrás das portas… “

Investigar o mundo e as pessoas que nos rodeiam é importante para o processo de aprendizagem como abordado anteriormente, porém, esse comportamento deve ser apresentado ao aluno de modo que ele possa distinguir a investigação pelo saber positivo do ato de “bisbilhotar” informações pessoais, que em nada irão agregar para quem as procura.

Na escola, os alunos iniciam e intensificam as suas relações interpessoais, o que torna o ambiente mais propício para que a face negativa da curiosidade surja nas crianças e nos jovens. O advento da internet, potencializado pelas redes sociais, permite acompanhar a vida dos amigos diariamente. No entanto, essa facilidade de saber o que o próximo está fazendo aumenta a disseminação de boatos e fofocas, que não deixam de se manifestar nas escolas.

Segundo a doutora em Educação, Terezinha Azerêdo Rios, em artigo publicado no site Gestão Escolar, “o respeito pelo outro implica, em primeiro lugar, o conhecimento desse outro. Portanto, identificar as características daqueles que nos rodeiam e percebê-los como diferentes é algo exigido no contexto da ética”, comenta a especialista. Terezinha afirma, ainda, que o que se aponta como negativo é a bisbilhotice, a invasão da privacidade, a criação ou divulgação de relatos duvidosos, a distorção de fatos com a intenção de expor as pessoas e, muitas vezes, de prejudicá-las.

Compartilhar com os colegas algo que tenha descoberto sobre outro aluno da turma, mesmo que tenha sido um fato divulgado nas redes sociais, pode ser o início de um boato que pode acabar sendo ofensivo para quem está envolvido como centro dessa conversa. Se cada aluno que teve acesso a essa informação compartilhá-la com outros colegas, o fato pode ganhar informações depreciativas e aumentadas.

Por isso, os educadores precisam estar atentos a esse tipo de comportamento e sempre permitir que os alunos reflitam sobre situações do gênero e se coloquem no lugar do outro, desenvolvendo, assim, o senso de justiça, respeito e solidariedade. Por meio dessas reflexões, o aluno toma ciência de que a curiosidade faz parte do ser humano, mas que ela deve ser usada para criar um mundo melhor para todos, diferentemente da invasão de privacidade e da fofoca, que podem prejudicar e muito o convívio social.

 

ONE COMMENT

  • Muito interessante o tema levantado e os aspectos distorcido do mesmo. Hoje com o advento da internet aliados a expansão dos sites sociais (facebook/whatsapp, etc) Problemas que não existiam numa escala vertiginosamente abrem-se como um leque a nossa frente… Os professores devem estar muito atentos em sala de aula e insentivar debates quando um problema surge, com o intuito de fazer o infanto refletir e talvez colocar-se no lugar, sendo assim adquirirá uma capacidade de discernimento…

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