Há algum tempo, recursos tecnológicos como smartphones e tablets entraram na rotina das crianças como uma forma de diversão e distração. Porém, as telas estão ocupando um espaço cada vez maior e, muitas vezes, substituem outras atividades comuns para a faixa etária, como brincadeiras, prática esportiva e até passeios.
De acordo com o estudo americano chamado Zero to Eight, 10% das crianças americanas com menos de dois anos em 2011 usava gadgets em casa. Dois anos depois, esse número subiu para 38% e, em 2017, o número foi 95%.
A participação das telas na vida das crianças é evidente, mas será que essas tecnologias estão afetando a formação dos jovens? Há um limite de uso para que os pequenos tenham um desenvolvimento saudável?
Essas e outras questões surgem na cabeça dos pais sempre que eles recorrem às telas para distrair os filhos. No entanto, a preocupação é real e, por isso, vamos abordar na sequência deste artigo algumas dicas de como evitar exageros e garantir um desenvolvimento satisfatório para o seu filho.
Utilize o relógio como aliado
Limitar o tempo de uso dos gadgets é uma das formas mais eficazes de equilibrar a rotina das crianças em meio a tantos recursos tecnológicos. É importante que os pais destinem um tempo para montar uma rotina para o filho, que inclui estudo, banho, alimentação, brincadeiras e o celular, tablet ou computador.
Por mais difícil que seja no início, é essencial cumprir com os horários das atividades e evitar muitas mudanças que façam o filho deixar de acreditar no combinado. Cada família pode estipular um tempo para a utilização das telas, mas especialistas indicam que esse período seja fracionado ao longo do dia e que haja um equilíbrio com as outras tarefas da criança.
Telas não são a “válvula de escape” dos pais
Quando os pais estão ocupados, preocupados ou com uma série de tarefas para realizar, é comum eles utilizarem as telas como uma “válvula de escape” para distrair e entreter a criança enquanto ele se dedica a outra atividade.
O problema é quando essa atitude vira um hábito em casa. O filho entenderá esse comportamento dos pais e sempre que possível tentará ter acesso aos gadgets. Situações como essa fazem com que a criança fique muito mais tempo conectada do que o recomendado. Além disso, com os pais focados em outras tarefas, dificilmente haverá uma supervisão do conteúdo acessado pelo pequeno.
Mostre que o mundo real também é interessante
Quando as telas são apresentadas desde a primeira infância, o filho cresce com a ideia de que no mundo digital ele encontrará as atividades mais divertidas, como desenhos e jogos. Com isso, o uso será a cada dia mais constante.
A dica é mostrar para a criança que o mundo real também é muito divertido e que é possível fazer muitas descobertas. Apresente brincadeiras da sua infância para o seu filho, crie atividades em parceria com o pequeno e faça passeios em parques. Além de serem atividades que promovem o desenvolvimento físico e motor, elas ajudam a criança a entender que o virtual é apenas um dos recursos para ela se divertir e que há um mundo repleto de possibilidades para ela explorar.
No artigo de hoje, falamos sobre o uso das telas pelas crianças e também do limite para que os pequenos tenham um desenvolvimento saudável. Para continuar acompanhando dicas sobre educação, não deixe de conferir as próximas postagens do nosso blog.