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Parentalidade na pauta das empresas

Parentalismo

A pandemia deu visibilidade à vida privada. Como profissionais conseguiram (ou não) equilibrar o trabalho e o dia a dia com os filhos trancados em casa? A situação trouxe à tona a importância de falar sobre parentalidade 

Você já ouviu falar em parentalidade? Trata-se do conjunto de atividades desempenhadas pelos adultos de referência de uma criança. O papel desses adultos é assegurar a sobrevivência da criança e o seu desenvolvimento pleno. Adultos de referência são aqueles que convivem com a criança no dia-a-dia e estabelecem os vínculos afetivos mais próximos durante os seus primeiros anos de vida.

Quantas empresas você conhece que apoiam a parentalidade de seus colaboradores? Licenças-maternidade estendidas (para mães e pais), criação e manutenção de creches na organização, garantia de espaço para aleitamento materno ou mesmo para retirada de leite em local adequado… todos esses são exemplos de ações por parte de empresas que, sim, apoiam a parentalidade.

Quem apoia a parentalidade faz isso porque entende que, ao garantir o bem-estar de seus profissionais, estende esse cuidado às crianças. Mais ainda, essas organizações compreendem que, para uma sociedade de sucesso, é preciso investir na infância.

Durante a pandemia

O fato é que, durante a quarentena, ficou claro que pouquíssimas empresas apoiam a parentalidade. Mesmo sabendo que pais e mães estavam (e ainda estão) em casa com seus filhos, tendo de dar conta de cuidados com eles, limpeza da casa, atividades escolares e outras tantas obrigações, ninguém foi poupado de suas entregas profissionais.

Mesmo pais e mães que têm o home office como uma opção viável de trabalho, é comum que não haja entendimento sobre, por exemplo, os horários de reunião ou mesmo sobre o tempo estendido delas. Vale lembrar que home office não é para todas as pessoas. Há quem nunca pode trabalhar de casa durante o tempo de isolamento social.

Se tem uma parte boa nisso tudo foi que o home office deu visibilidade à vida privada. Para quem tem filhos, ficou mais evidente ainda o que é preciso fazer para garantir que a prole se alimente, estude, brinque e, assim se desenvolva para atuar na sociedade (aquela mesma sociedade de sucesso com a qual todos desejam, lembra?).

Desigualdade social

A pandemia também revelou a condição desigual que existe entre os profissionais (que são pais e mães). Enquanto algumas famílias puderam fazer isolamento social na casa de campo ou na de praia, outros estavam trancados em uma residência pequena. Esse é apenas um exemplo, pois a realidade é bem mais diversa do que essa simples comparação.

A pandemia também tem mostrado o quanto as pessoas estão trabalhando mais fora de seus ambientes de trabalho. O atual cenário é propício para o aumento de casos com Síndrome de Burnount – ou Síndrome do Esgotamento Profissional.

Trata-se de um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.

Todos pela parentalidade

Lá em 2000, James Heckmann, professor de economia da Universidade de Chicago, ganhou o Prêmio Nobel de Economia ao calcular que o retorno financeiro para cada dólar gasto é dos mais altos. Ele afirma que investir na criança até os 3 anos de idade é a melhor forma de distribuição de renda.

 Mesmo assim, ainda há muito para caminhar em um país que tem apenas um terço das crianças de até 3 anos matriculadas em creche, sendo que a meta do Plano Nacional de Educação é ter, até 2024, 50% de matrículas.

 Não só a educação escolar de crianças pequenas é deixada de lado. Os cuidados com essa mesma faixa etária não são valorizados. Em geral, eles são delegados às mulheres, que não são reconhecidas por isso. Quando esses cuidados são terceirizados, em geral, também feitos por mulheres, são mal remunerados.

 Essa não é uma discussão nova e a pandemia jogou luz sobre ela. Sabendo que as famílias estavam trancadas em casa sem apoio, por que as empresas não se anteciparam para ser o apoio dessas famílias?

É fundamental que não só pais e mães, mas a sociedade toda invista na primeira infância. A pessoa que cuida de uma criança deveria ser enxergada como alguém que está cuidando da sociedade. Deveria de ser reconhecida por esse ato.

Como convencer as empresas sobre a importância da parentalidade? Talvez o caminho seja muito longo mesmo, mas um bom começo pode ser as organizações começarem a considerar seus colaboradores como um todo e não só apenas como um profissional, apartado de seus filhos.

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