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O processo de alfabetização é iniciado ainda na Educação Infantil e é amplamente desenvolvido nas séries iniciais do Ensino Fundamental, quando os alunos aprimoram as habilidades de leitura e escrita que os acompanharão por toda a vida.
Esse período é de extrema importância para o aluno e um dos maiores desafios para os educadores. Desenvolver habilidades de leitura e escrita é um dos processos mais complexos na área da educação e também um dos mais valiosos, já que por meio dessas habilidades os alunos podem compreender a realidade na qual estão inseridos, levantando hipóteses sobre o mundo e os aspectos que o compõem.
O domínio da escrita e da leitura é essencial para que os alunos tenham uma participação social efetiva, pois essas habilidades garantem a comunicação e o acesso a diversas informações. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao internalizar tais habilidades nos alunos, a escola cumpre sua função de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.
Durante o início da alfabetização, é comum que os alunos registrem suas ideias omitindo letras e, em séries mais avançadas, que grafam palavras com s no lugar de z, trocam x por ch. Diante dessa realidade, alguns pais e educadores se preocupam com esta forma de apropriação das regras do sistema alfabético e se questionam, inclusive, quanto tempo as crianças levarão para escrever nos princípios convencionais.
Para Artur Gomes de Morais (2012, p. 181), estudioso brasileiro, “ensinar o sistema alfabético e os gêneros textuais escritos numa perspectiva construtivista é uma busca permanente. Estaremos sempre, de algum modo, reinventando a alfabetização”, conta o educador.
Sendo assim, bons frutos não surgem de repente, em uma série específica, mas brotam de intervenções feitas dia a dia, mês a mês, ano a ano, uma vez que produções de qualidade exigem um rigor dedicado a cada etapa.
Colocar as crianças em situações reais de leitura e escrita, mesmo quando as mesmas ainda não o fazem convencionalmente, é o início deste processo. A educadora e especialista em alfabetização, Telma Weisz, em entrevista a Revista Escola, aponta a importância de o professor se colocar na perspectiva do aluno.
“Colocar-se no lugar do aprendiz é essencial para ensinar. Muitos falam em “palavras”, como se as crianças soubessem o que é isso. Mas só gente alfabetizada, que já escreve e segmenta o texto, pode saber o que são palavras”, afirma Telma. A especialista ressalta, ainda, que os professores só conseguem assumir a perspectiva do aluno se utilizarem a pesquisa cientifica para compreender o outro que pensa diferente de você.
Nesse sentido, é importante aceitar as hipóteses das crianças durante o processo de alfabetização, entretanto, é preciso fazê-los compreenderem que há normas a serem seguidas, uma vez que a escrita é uma convenção, com regras definidas. Comparar palavras quanto ao número de letras, produzir palavras que rimam ou que começam com a mesma letra os faz pensar em que letras e em que ordem elas compõem as palavras.
Dominadas as regras gerais do sistema de escrita, no decorrer das séries iniciais do Ensino Fundamental, os alunos intensificam o trabalho para escreverem corretamente estabelecendo uma progressão de conteúdos para cada série, com expectativas de aprendizagem definidas.
Para isso, é necessário estimulá-los a escreverem e a lerem os seus próprios textos. Além disso, é importante que os educadores deem um feedback aos alunos sobre suas produções, oferecendo a eles mais possibilidades de aprender as regularidades ortográficas e aplicá-las em situações mais complexas. Assim, ao chegarem as séries finais do Ensino Fundamental, os estudantes já tenham internalizado o perfil de escritores e leitores autônomos e críticos.
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