Existem pessoas que já nascem com o perfil empreendedor internalizado, porém, outras precisam aprender esse conceito no decorrer da vida. Mas, no Brasil, em ambos os casos, existe um despreparo e falta de planejamento.

De acordo com dados divulgados pelo IBGE, de cada dez empresas que abrem no Brasil, seis fecham antes de completar cinco anos. A inaptidão dos empreendedores, a falta de conhecimento da área de atuação e as dificuldades para lidar com questões financeiras são alguns dos motivos que interrompem os planos de muitos empresários.

Mas, como seria o empreendedorismo no Brasil se ele fosse ensinado nas escolas, da teoria à prática? Se você ficou curioso, não deixe de conferir no artigo a seguir como o ensino do empreendedorismo no colégio pode mudar o futuro do país.

Laboratório empreendedor

A grande vantagem em ter empreendedorismo na grade curricular é a possibilidade de falhar em um ambiente seguro. Os erros são tão importantes quanto os acertos quando o objetivo é aprender, e os laboratórios de empreendedorismo são excelentes espaços para isso.

Nesse acompanhamento, o aluno pode viabilizar os riscos e suas consequências em um negócio, entender na prática o que é público-alvo e aprender porque ele é tão importante para uma empresa.

Ter uma boa ideia sobre empreendedorismo não quer dizer que o mercado estará de portas abertas para o jovem. Mas, essa experiência aumentará consideravelmente as chances de criação de negócios inovadores  e com uma base sólida.

Capacidade de mobilização

Os alunos que têm contato com o empreendedorismo na escola aprendem desde cedo o conceito de mobilização. Sempre com a supervisão ou ajuda de um professor, os jovens desenvolvem a autonomia e a liderança ao terem que distribuir  funções entre os colegas, compartilhando com eles um objetivo em comum.

Quando o assunto é empreender, os grupos devem sempre se comunicar e não trabalhar de maneira isolada, como acaba acontecendo em algumas instituições de ensino. O bom funcionamento de uma empresa depende da comunicação e interação de seus colaboradores com todos os setores do negócio. No caso da escola, essa relação de proximidade deve ser vivenciada pelos alunos durante as atividades diárias.

Comprometimento com a sociedade

Nem todo estudante quer ser empreendedor, mas mesmo para esses, ter contato com o empreendedorismo na escola é importante, pois ajuda a formar cidadãos e profissionais comprometidos com a sociedade.

O aluno não empreendedor acaba internalizando o conceito de intraempreendedorismo. Ele sabe planejar, escolher e identificar possíveis riscos. Também desenvolve a consciência ambiental, econômica e social. Ou seja, não é apenas a recompensa financeira que importa, mas sim o desenvolvimento integral do aluno.

Enquanto a disciplina não entra na grade curricular de todas as escolas…

Algumas escolas particulares no Brasil já trabalham com atividades extracurriculares de empreendedorismo. Devido a lentidão da legislação brasileira em transformar o tema em disciplina em todas as instituições de ensino, especialistas desenvolveram outras formas de apresentar o conceito de empreendedorismo para os alunos do Ensino Fundamental e Médio.

Uma das alternativas é a interação entre escolas e universidades, que já acontece nos Estados Unidos. Essa iniciativa ajuda os jovens alunos a conhecerem as carreiras e a identificarem com mais facilidade a área em que desejam atuar futuramente.

Se você gostou do artigo sobre o ensino de empreendedorismo na escola, não deixe de conferir em nosso blog o post que explica como os pais devem participar da escolha da profissão dos filhos.